Em nota, a SMS informou que a decisão inicial de readequação da estrutura foi baseada em análises técnicas e na média histórica de ocupação dos leitos
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Ascom/SMS
Após denúncias sobre a possível redução de leitos de UTIs na maternidade municipal Lourdes Nogueira, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese), em conjunto com o Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), fiscalizou a maternidade na noite do último sábado, 15, e concluiu que há superlotação e atraso salarial na unidade.
Segundo o Cremese, ao fim do dia, havia uma superlotação no Centro Obstétrico, ocasionada pela falta de funcionários em outras unidades para receber as mães pacientes que estavam na sala de recuperação. Ainda na unidade de saúde, o Sindicato constatou que o salário dos médicos continuam em atraso.
O presidente do Cremese, Dr. Jilvan Pinto Monteiro, explicou o que motivou a fiscalização após as denúncia. “No momento, não teríamos condição de redução de leitos de UTI neonatal em Aracaju, diante da situação que encontramos, porque todos estão ocupados, tanto na maternidade Lourdes Nogueira, quanto na (maternidade) Nossa Senhora de Lourdes”, disse.
O que diz a Prefeitura de Aracaju
Em nota, divulgada nesta terça-feira, 18, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a decisão inicial de readequação da estrutura foi baseada em análises técnicas e na média histórica de ocupação dos leitos.
"A redução foi definida em conjunto com o INTS, tendo como base a série histórica de ocupação dos leitos de UTIN (Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal), que apresenta uma média histórica de 42% de ocupação. Dessa forma, a decisão inicial foi fundamentada em dados técnicos e no padrão de demanda previamente identificado".
A SMS reconhece o cenário e aponta que ele se apresenta como uma condição excepcional e imprevista, diferente da média histórica de ocupação.
"Urge esclarecer ainda que o Termo Aditivo firmado já previa a possibilidade de readequação dos serviços de acordo com a demanda apresentada.
Diante desse novo contexto, e visando garantir a ampla manutenção da assistência à população, a SMS decidiu suspender os efeitos do Termo Aditivo, mantendo os termos originais do contrato firmado, assegurando assim a continuidade da oferta de leitos de UTIN conforme a necessidade atual.
A Secretaria reafirma seu compromisso com a transparência e a qualidade da assistência à saúde, mantendo um acompanhamento contínuo da situação para garantir o atendimento adequado à população", finaliza a nota.